A Experiência da Beleza

Um dia especial para a nossa equipe!

Reunimos, quarta-feira (03 de agosto), os colaboradores de todas as nossas instituições em uma retomada presencial. 💚

Um momento preparado para que cada pessoa das Obras possa recuperar o sentido do trabalho e das nossas vidas. Todos unidos por um método, um carisma, uma proposta educativa, um modo de estar e de se relacionar com a realidade. 😃

Rosetta convidou toda equipe para fazer uma Experiência de Beleza e maravilhamento, dando início aos trabalhos no segundo semestre de 2022. 🍃

Depois de fazer a caminhada até uma queda d’água (assista o vídeo da caminhada), a equipe se reuniu em um teatro a céu aberto para conversar com Rosetta, Paulo (anfitrião do local) e Silvia Brandão (amiga das Obras) que conduziu os trabalhos sobre a Experiência da Beleza durante a retomada. Clique assista o vídeo completo deste bate papo.

Rosa iniciou dizendo que: “este gesto que a gente faz (a retomada)… ele carrega um olhar para cada um de vocês , para lembrar que nos fomos escolhidos. Porque quem trabalha na Obras é escolhido, e quem é escolhido é amado. Então para nos educar, é importante ter essa consciência de que fomos escolhidos.”

Em seguida ela contou porque escolheu um lugar, que respira cultura e beleza, para essa retomada e pediu para que Paulo contasse um pouco sobre o espaço (Saramenha – Artes e Oficios). O amigo anfitrião, fez questão de relembrar a amizade com Virgilio e Benizário, quem o apresentou Rosetta. Também nos contou a história do espaço onde foi resgatando, mobílias e objetos dos pais e irmãos, com o sentido de fazer uma escola de artes e ofícios. Ele conta que o objetivo/slogan do espaço foi criado por uma amiga e é muito claro:

“dos mais velhos, o legado. Aos mais novos, o aprendizado. E é isso que tentamos fazer aqui, seja na pintura (…), ou na música (…), ou na dança.”

Logo depois a Vanessa apresentou Silvia Brandão e relembrou quando conversamos sobre o sentido de fazer experiência, durante a experiência de janeiro. Aproveitou para contar que quando Rosetta “pensou em nos presentear com este lugar, de conhecer este lugar. Pensaram na Silvia para nos ajudar a dar um juízo sobre essa experiência, que é reconhecer a beleza. Saber olhar e reconhecer a beleza nas coisas. Ter atenção a isso. E a ideia é que compartilhemos a experiência que vivemos.”

Rosa pediu a palavra novamente para contar que foi convidada, em fevereiro, pelo Paulo Rogerio para ir ao espaço e quando estava lá, só pensava como as coisas nos são dadas e em cada um de nós. Queria que cada pessoa também pudesse fazer uma experiência de maravilha com as coisas que nos são dadas.

Bruna, pedagoga na Creche Jardim Felicidade, iniciou compartilhando sua experiência dizendo que: “fazer essa experiência aqui, é divino. (…) Me chama muito a atenção os sons da natureza. E como isso desperta sensações e retoma algumas memórias. (…) E a minha pergunta é: sobre esta proposta da beleza, porque é importante fazer essa experiência? o que traz para gente?”

Silvia começou agradecendo e dizendo que “é um presente enorme estar na companhia de vocês neste lugar maravilhoso”. Em seguida pediu para que mais pessoas compartilhassem sua experiência.

Suzana, da Creche Jardim Felicidade, contou que enquanto estava nas “águas, que aquilo ali traz uma vontade do Eden, daquele lugar que foi preparado para nós, para que tivéssemos paz, sossego, descanso, onde a gente pode encontrar a natureza, alegria e felicidade com certeza.”

Adriana, da Creche Gilmara Iris, falou “como que aquilo que nos traz medo, também nos encoraja”. Em seguida Pabrina, da Creche Etelvina, compartilhou como as coisas simples lhe despertou e perguntou: “como que leva essa beleza para o meu dia a dia? para que eu me sinta sempre renovada”

Sueli, da Creche Etelvina, destacou como essa proposta corresponde a sua necessidade de retomar e falou sobre a realidade do trabalho. Rosiane, da Creche Jardim Felicidade, fez lembrança do Padre Gigio e perguntou “como não me perder? como enxergar essa beleza, durante a minha rotina?”

Elma, da Casa Novella, agradeceu pela companhia da Vanessa antes da retomada e pelo Sim da sua equipe para a proposta, mesmo depois ou na véspera de um plantão de 12hrs. Graziele, da Casa Novella, falou como se sentiu importante até chegar na retomada diante do cuidado no transporte e no lanche.

Flaviane, educadora da Creche Jardim Felicidade, contou “como é bom a retomada, para poder ter a certeza de qual é o nosso papel e para que.”

Mayara, social da Creche Dora Ribeiro, contou que enquanto caminhava pensava que as mães (da creche) precisam viver isso também. Em seguida a educadora Valdinéia, da Creche Jardim Felicidade, contou que fazer silêncio para ela é como uma prova de resistência e que vai levar essa experiência para dentro da sua casa, para o seu dia a dia.

Maria Paula, da Creche Gilmara Iris, contou que trocou sua vida na Suíça para vir trabalhar nas Obras e viver na favela, pois vê em seu trabalho com os adolescentes a beleza no seu dia a dia! Já Ana Paula, oficineira de Musicalização, contou que as Obras é o seu primeiro emprego e agradeceu a Deus e a todos pelo cuidado que tem com ela, sendo algo diferente do que as pessoas diziam para ela sobre o trabalho. Douglas, da Creche Etelvina, trouxe para a conversa a pergunta de “como transmitir essa beleza para os adolescentes e crianças no nosso dia a dia?”

Elizabeth, da Creche Jardim Felicidade, contou que aprendeu a ser uma pessoa melhor nas Obras e que enxergou ali um lugar diferenciado, pois viu que nem todo lugar tem a diferença grande de chefe para funcionário. Aline, da Creche Dora Ribeiro, finalizou recordando os momentos com o seu pai e falou como essa beleza nos da força para prosseguir.

Depois de tantas experiências compartilhadas Silvia Brandão falou sobre A Experiência da Beleza. E isso que fizemos, de compartilhar a própria experiência, “foi um trabalho de se dar conta daquilo que a gente viveu. O que eu descobri, o que eu aprendi e como a gente aprendeu tanta coisa com esta simples experiência”. Aproveitou também para contar a sua experiência na caminhada e como ficou comovida com a experiência do silêncio. Pois não é algo que estamos acostumados a fazer. Se comoveu com a obediência e a atenção de todos presentes. Destacou como que no silêncio nos damos conta de coisas que se estivéssemos conversando não prestaríamos atenção naquilo, olhamos com mais cuidados e estamos mais presentes no que acontece. Também falou que mesmo em silêncio, não estamos só. De como é bonito ver que não estamos sozinho, de que somos um povo. Destacando o desejo de Rosetta e da Mayara, de trazer o outro, da vontade de partilhar com o outro. Que é um desejo que nasce ao fazer uma experiência bonita em primeiro lugar.

“A primeira coisa que eu quero falar com vocês é sobre o olhar. O Olhar é uma coisa muito importante para nós, o olhar é a expressão da pessoa. E a gente se da conta das coisas, quando a gente olha.”
Silvia Brandão

Destacando como é importante a gente parar, fazer silêncio e ter um olhar atento para as coisas, como é bom ter alguém que nos ajude a fazer isso, a ter um olhar escancarado para observar melhor. Pois vivemos um período com o celular que nos faz ir passando pelas coisas, clicando em mais e mais, sem pensar, sem prestar muita atenção nas coisas. E por isso é importante essa conversa sobre o que vivemos, o que descobrimos diante da realidade.

“Primeira coisa que eu descubro que tudo isso me é dado, eu não sou capaz de produzir isso. (…) E isso hoje, atualmente, é muito esquisito, pois somos cobrados o tempo todo a produzir algo, fazer coisa, de dar conta das coisas e aqui é só receber. Receber maravilhado a beleza da realidade! ”
Silvia Brandão

Silvia comentava sobre a fala de Flaviane, que diz ter a certeza de estar com os meninos, e que a beleza não está só na natureza. E assim nos damos conta de como a beleza nos corresponde e nos da força. Rosetta comentou que que nós somos a beleza e que isso nos é dado. Silvia aproveitou o comentário para dizer que

“Que não é só a realidade que é criada, eu também sou criada. Se pensarmos bem, nosso coração está batendo agora e a gente não está fazendo nada para ele bater. Estamos ganhando a vida a cada segundo!
Silvia Brandão