Oficinas

Projeto BDMG Raio de Luz

“As oficinas e o relacionamento com o educador trazem à tona o que os meninos carregam, porque, além da técnica, eles tornam pessoas mais seguras de si, mais certas, mais felizes e com maior e com maior autoestima.

A imagem que normalmente a sociedade tem dessas crianças e desses adolescentes é que eles são marginais, que são pessoas perigosas e que não é possível olhar para eles e perceber sua beleza. Então, o desafio, quando eles crescem, é revelar essa grandeza que carregam de felicidade, justiça e bem. Mostramos para eles a lógica de que o que vale é a pessoa, e não o lugar onde ela mora ou fato de ter um familiar com problemas, por exemplo.

Acredito que o que muda um país é a pessoa ter consciência do que ele carrega. Por isso, a pessoa precisa de uma oportunidade, precisa encontrar alguém para dizer ‘olha como você bonita, você carrega uma coisa grande’.

Normalmente, os projetos para pobre são só de comida, de roupa ou de urbanização. Quando a gente fazia um projeto de arte, a agente não conseguia apoio. Parece que arte era algo supérfluo para pobre. Será que o pobre não tem direito à arte e à beleza? Ele só tem acesso ao que passa na TV, se não oferecemos outra coisa de bonito, eles não conhecem. Eu acredito demais que a arte transforma.

Nós os educamos para perceberem o que carregam. O que eles aprendem lá, permanece dentro deles. Cada vez que eu vou lá, eu reconheço e ou grata pelo projeto, porque essas pessoas só eram olhadas por sua miséria.”

Rosa Brambilla, coordenadora geral do Projeto Raio de Luz – BDMG Cultural

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