Umberto Nigi abre o Ateliê “Cor e forma, a poesia do Equilibrio” e realiza oficina criativa com as crianças.

Durante a manhã de quinta-feira a turma do 2º período, educadora Flaviane, das Obras Educativas Padre Giussani visitaram o Ateliê e Galeria do amigo Umberto Nigi. Onde as crianças puderam ver os quadros pintados pelo nosso amigo italiano, conhecer todo o espaço de trabalho de um artista e conversar com ele. São momentos que ficam eternizados em nossos corações. Livia, educanda das Obras, foi a primeira a se manifestar e dizer que sonha em ser uma artista como ele. Depois as crianças perguntaram, de boca aberta, como ele pintou tantos quadros, pois eram muitos. Também quiseram saber mais sobre as pinturas e se poderiam pintar também.

Umberto explicou sobre o trabalho, contando a história desde quando era criança na Itália até chegar no Brasil. Ele morou no Rio de Janeiro antes de se mudar para Belo Horizonte, segundo ele em BH viu uma luz diferente, onde as cores e o céu ficam mais bonitas ainda. Também contou de quando ia para a roça e ficava admirando as plantações de café, vendo as cores e texturas na natureza. Algo que sempre chamou a atenção dele foi o café e o saco de café. E quando perguntado porque usava uma textura diferente na tela, ele explicou que era a juta (tecido dos sacos de café) e que ela ajuda a ‘segurar’ as cores das tintas nas telas.

Depois as crianças puderam ver, sentir a textura e o cheiro dos grãos de café e da juta. Em seguida os materiais foram distribuídos, Umberto mostrou rapidamente como podiam pintar nas telas, fazer novas cores misturando as tintas e logo disse as crianças: “Criem, pintem, misturem as tintas e vamos ver o que vocês vão fazer. Vamos ver o que vai sair aqui hoje.”

Foram alguns minutos de silêncio e concentração, só ouvíamos as crianças pedirem cor ou conversar com Umberto, Rosetta e Flaviane sobre o que estavam pintando nas telas. A cada um que finalizava, mostrava o resultado e tirava foto com Umberto.

A educadora Flaviane conta que já na creche a Livia Monteiro reafirmou o desejo de se tornar uma artista. Quando a mãe chegou para busca-la, perguntou como foi e ela logo respondeu: “Mãe realizei um sonho! Fiz uma pintura linda para o Umberto! Eu vou ser artista e ter um ateliê também.”

A educadora também conta que o Daniel (educando) ao encontrar a mãe foi logo contando que encontrou e conversou com o pintor Umberto, e que também pode mostrar o mar com ondas e um foguete caindo na areia que fez na tela.

Clique aqui e veja as fotos deste passeio e oficina.

Leia o relato da educadora Flaviane:

“Eu gostei de ver a turma empolgada. Sempre falo que eles são artistas e cada um tem o seu jeito de se expressar e desenhar. Já a turma sempre fala da Livia Monteiro (educanda) como um exemplo e gostam de observar o que ela faz para tentar fazer igual. Te falo da Sofia que me falou um dia desses que os desenhos dela já estão ficando quase igual os da Lívia. E percebo esta evolução, pois depois que elas começaram a sentar perto (uma da outra) os desenhos da Sofia começaram a ter novos elementos.

Depois que falei sobre o passeio e contei sobre o Umberto, a Lívia de imediato falou: ‘Sempre quis conhecer um ateliê de pintura, é o meu sonho!’

Ateliê e Galeria Umberto Nigi
Ateliê e Galeria Umberto Nigi
Ateliê e Galeria Umberto Nigi
Ateliê e Galeria Umberto Nigi

Gostei de ver a empolgação das crianças, gostei de ver o comportamento, pois tudo era novidade e dava para ver que ficaram deslumbrando. Você via até as cabeças rodando para ver as artes do Umberto e todos os cantos do espaço. E percebi que eles se sentiam os artistas no lugar de artista, pois eles ficaram concentrados e fica perceptível como eles estavam se sentido um artista plástico e todos felizes em poder mostrar o que criaram.

Também foi a minha primeira vez, gostei da oportunidade de conhecer um artista e seu ateliê de perto, gostei de ver!

O trajeto da creche até o ateliê foi empolgação total, com muita cantoria e tudo que viam na rua era como algo novo. Me lembro quando viram o metrô, ficaram super empolgados e falando sobre. Também teve o momento da Laisla, quando viu um morador de rua e pediu para parar e dar o lanche para ele. Quando perguntada se ficaria sem o lanche, ela falou que não tinha problema pois poderia comer em casa ou na creche. Infelizmente não paramos, devido ao trânsito na rodovia. Outras crianças também olhavam pela janela, olhavam para as lonas nas calçadas com moradores de rua e diziam: “olha que legal tia as pessoas estão acampando!”.  Passar no túnel também foi motivo de festa, todos dizendo “uooooooou” até o fim do túnel. Também foi muito divertido o trajeto até o local.”

Confira também o relato da Elaine (responsável pelo apadrinhamento brasileiro):

“Ao ver a oficina de artes com o Igor e as crianças aprendendo usar as tintas e técnicas de pintura, me veio a ideia em trazer algum artista para conversar com as crianças e como eu conheço o Umberto (artista italiano) fiz a proposta. De início ele contrapôs sugerindo em levar uma turma da creche ao seu novo ateliê, mas depois ficou apreensivo com a quantidade. 20 crianças dentro do ateliê?? Como seria isso? Conversamos, trocamos algumas ideias e pensamos junto, com a Patrícia (esposa), em como organizar essa visita. Então ele topou e já pediu para marcar o dia. Foi quando reuni com a equipe das Obras para conseguirmos concretizar essa experiência com as crianças.

Foi lindo! Um novo aprendizado! Me acostumei a ver as pinturas, por ser cunhada do Umberto já vejo os quadros com frequência e achava normal, estavam sempre ali, mas quando vi as crianças admirando e os olhinhos atentos aos quadros, dei um novo valor aquilo que eu já estava acostumada a ver.”

Ateliê e Galeria Umberto Nigi
Ateliê e Galeria Umberto Nigi
Ateliê e Galeria Umberto Nigi